Um estudo controverso feito em Israel descobriu que homens se tornam menos agressivos depois de cheirar as lágrimas das mulheres. Os resultados foram publicados na última quinta (21/12) na revista científica PLOS Biology.
A pesquisa, realizada pelo Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, descobriu que as lágrimas humanas contêm um componente químico que reduz a atividade em duas regiões cerebrais relacionadas à agressão.
No entanto, os cientistas levantaram a hipótese de que as lágrimas não precisam, necessariamente, vir de uma mulher para gerarem esse efeito.
Os cientistas explicam que evidências mostram que cheirar lágrimas reduz o nível de testosterona no sangue.
Depois de coletar lágrimas de seis voluntárias que assistiram a filmes tristes, os pesquisadores expuseram dezenas de homens ao material e a um placebo (líquido salino).
Os homens então jogaram um game que é usado em estudos sobre agressividade, que inclui um momento em que inimigos tentam roubar dinheiro do jogador. Ele pode se vingar e fazer o oponente perder dinheiro, mesmo que não ganhe nada com isso.
O resultado é semelhante ao do estudo envolvendo roedores, mas, ao contrário dos animais, os humanos não têm estrutura no nariz capaz de detectar sinais químicos da solução inodora.
Os pesquisadores analisaram 62 receptores olfativos que desempenham papel fundamental no olfato e descobriram que quatro foram ativados pelas lágrimas, mas não pela solução salina.
Usando ressonância magnética, descobriram que, depois de sentir o cheiro das lágrimas, as áreas do cérebro ligadas à agressão (córtex pré-frontal e a ínsula anterior) ficavam menos ativas.
Como mostra o jornal americano, a ideia é que um componente presente nas lágrimas pode ter evoluído para proteger os bebês de perigos.
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