Pela segunda vez em pouco mais de um mês, as forças lideradas por Vladimir Putin enfrentam a perda de um avião-radar Beriev A-50, considerado vital para a Força Aérea da Rússia no contexto da Guerra da Ucrânia. O incidente mais recente ocorreu na noite desta sexta-feira (23), tarde no Brasil, sobre a região de Kanevskoi, em Krasnodar, sul da Rússia, próximo ao mar Negro.
Diferentemente da queda anterior em 15 de janeiro, quando um A-50 foi abatido sobre o Mar de Azov por uma bateria antiaérea ucraniana, a suspeita agora é de fogo amigo. O comandante da Força Aérea de Kiev, Mikola Olechtchuk, celebrou o evento no Telegram, indicando a possibilidade de autoria ucraniana, embora não haja confirmação oficial.
A queda ocorreu nas proximidades de Mariupol, a menos de 200 km de distância do outro lado do Mar de Azov, controlada por forças russas desde o início do conflito, que completa dois anos neste sábado (24). A origem do fogo parece ser da direção de Mariupol, levantando questões sobre a capacidade dos ucranianos atingirem o avião a essa distância.
Com essa perda, há uma degradação das capacidades militares da Aeronáutica russa na região. O outro A-10 destruído na guerra já havia sido abatido sobre o Mar de Azov, mas a Ucrânia reivindicou a responsabilidade por sua queda. Cada aeronave pode transportar até 15 militares. Anteriormente, um desses aviões foi alvo de um drone de sabotadores em Belarus, sem sofrer danos significativos até o momento. O Ministério da Defesa em Moscou ainda não se pronunciou sobre o incidente.