Agentes tentam identificar envolvidos na tentativa de invasão ao edifício-sede da PF, em dezembro de 2022, e de dano e incêndio generalizados de patrimônio público e privado
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29), a segunda fase da Operação Nero, que visa aprofundar as investigações para a identificação dos envolvidos na tentativa de invasão ao edifício-sede da instituição, em 12 de dezembro de 2022, e de dano e incêndio generalizados de patrimônio público e privado na área central de Brasília.
No dia dos crimes, apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro (PL) protestavam contra a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente eleito. Um cacique foi preso por policiais federais nos arredores do Supremo Tribunal Federal (STF), liderando indígenas e outros bolsonaristas, com flechas, lanças e outras armas. Com isso, outras pessoas que estavam acampadas no Quartel General do Exército, se deslocaram à sede da PF.
O grupo tentou invadir o prédio, que fica na área central de Brasília, para resgatar o cacique. Contidos por policiais federais, eles passaram a quebrar o que viam pela frente. Além de destruírem placas de sinalização e vidraças, colocaram fogo em carros particulares e ônibus do serviço de transporte público da capital. Também atacaram com pedras a 5ª Delegacia de Polícia Civil.
Na ação desta quinta-feira, estão sendo cumpridos 4 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pelo STF, em Rondônia, São Paulo e no Distrito Federal. Os crimes objetos da apuração são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
Na primeira fase da Operação Nero, deflagrada ainda em dezembro de 2022, houve a prisão de quatro investigados e o cumprimento de mandados de busca e apreensão em 21 endereços de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.