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O uso por conta própria do Ozempic, remédio utilizado para tratar a diabetes tipo 2, tem gerado graves complicações em usuários que utilizam o medicamento para emagrecer. Dentre as preocupações com o uso da medicação está o chamado “rosto de Ozempic”, resultado que ocorre na face com a perda rápida de peso provocada pelo medicamento.
“O ‘rosto de Ozempic’, não está ligado diretamente ao remédio, mas sim à perda de peso”, diz o dermatologista Otávio Macedo. “Ao emagrecer, perde-se gordura, que é o que queremos. Mas, em geral, perde-se também a massa magra, tanto do corpo quanto da face, o que leva à flacidez”, explica o dermatologista Otávio Macedo.
Segundo ele, alguns efeitos colaterais da semaglutida, princípio ativo do Ozempic, refletem na falta de vontade de comer e em enjoos. Quando não há ingestão de alimentos, o metabolismo consome o que há disponível para gerar energia, queimando no processo a gordura, mas também músculos e massa magra, ocasionando perda de colágeno.
“Esse medicamento é uma inovação e ótima alternativa para o tratamento de diabetes e obesidade. Mas o uso indiscriminado do medicamento como alternativa para perda de peso está atrelado a uma busca irreal por padrões de beleza”, diz ele.
Como tratar o “rosto de Ozempic”?
O colágeno é a proteína mais importante para dar sustentação e firmeza para a pele. Segundo Otávio Macedo, é preciso repor o aporte de proteína adequado de acordo com a quantidade de quilos de peso de cada pessoa e suplementar com colágenos, como o Verisol, e peptídeos, como o Peptan.
Já na parte estrutural, a perda de peso e de gordura faz com que o rosto fique mais flácido. Para diminuir esse aspecto, o médico afirma que o ideal é fazer estimulação de colágeno com tratamentos que utilizam aparelhos de radiofrequência e ultrassom microfocado. O profissional também indica repor um pouco de volume com ácido hialurônico em pontos específicos.
Para o corpo, o médico enfatiza a importância das atividades físicas e deve ser incluída a musculação, principalmente por causa da perda muscular, da massa magra muscular. “Aparelhos de campos eletromagnéticos, como o CMSlim, ajudam, trabalhando o interno da coxa, interno dos braços, abdômen para fortalecer o core e a musculatura, evitando dor nas costas e no assoalho pélvico”, afirma.