O Japão está lidando com um crescimento nos casos da síndrome do choque tóxico estreptocócico (Stss), provocada por uma bactéria que pode causar necrose de tecidos, ganhando a alcunha de “carnívora”. De maneira equivocada, alguns indivíduos têm se referido ao agente infeccioso como “vírus comedor de ânus”, uma denominação sem fundamento científico, já que vírus e bactérias são entidades biológicas distintas.
No ano de 2023, o Japão registrou 941 casos da síndrome do choque tóxico estreptocócico. Nos primeiros três meses deste ano, já foram registradas 517 infecções. Considerando apenas os dados epidemiológicos de Tóquio, foram confirmados 88 casos, em comparação com 144 no ano anterior, conforme relatado pelo jornal Japan Times.
Paralelamente ao surto, a Coreia do Norte decidiu não acolher jogadores japoneses para a quarta rodada das eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2026, nesta semana.
Bactéria mortal no Japão
No Japão, o primeiro registro da síndrome do choque tóxico estreptocócico ocorreu em 1992, ligado à bactéria Streptococcus pyogenes. Desde então, são registrados anualmente entre 100 e 200 casos desta severa infecção bacteriana. O pico de casos ocorreu em 2019, com 894 infecções, de acordo com o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas. Outros países, como o Reino Unido, também já enfrentaram surtos.
Diante do aumento de casos, os profissionais de saúde recomendam que as pessoas procurem orientação médica se apresentarem dor e inchaço nos membros, além de febre.
Por que a bactéria está mais transmissível?
Como se proteger da infecção bacteriana mortal?
Este grupo de bactérias é transmitido por gotículas respiratórias, expelidas pelo nariz ou pela boca, e pelo contato direto com as feridas e úlceras dos pacientes. Entre as medidas de proteção, estão a higienização regular das mãos e, ocasionalmente, o uso de máscaras.