Segundo informações da Folha de S. Paulo, para combater essa disparidade, a AES tomou a decisão inovadora de operar dois novos parques eólicos no Nordeste exclusivamente com mulheres. Apesar de alguns obstáculos iniciais, incluindo a resistência de alguns clientes e a dificuldade em encontrar equipamentos de proteção adequados para as trabalhadoras, o projeto foi bem-sucedido e agora emprega 20 mulheres em Tucano (BA) e Lajes (RN).
A empresa fez parceria com o Senai para capacitar mulheres para trabalhar em usinas eólicas. Atualmente, 11 mulheres estão empregadas na usina de Tucano e nove no complexo eólico Cajuína, em Lajes, que começou a operar no segundo semestre do ano passado.
Juliana Oliveira, 35, coordenadora na usina da AES em Tucano, destaca que o ambiente de trabalho feminino é uma mudança bem-vinda em relação às suas experiências anteriores em um campo dominado por homens.
Apesar desses avanços, a AES reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a paridade de gênero. No final do ano passado, cerca de 86% dos contratados para operar nas usinas ainda eram homens.