Profissionais da saúde fazem cobrança a Lula

Hugo Barreto/Metropóles @hugobarretophoto

Um coletivo composto por profissionais da saúde, pesquisadores e indivíduos afetados pela Covid longa assinou uma carta exigindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, iniciem a campanha de vacinação contra o coronavírus no Sistema Único de Saúde (SUS), com doses atualizadas para a variante XBB.

O grupo solicita “informações detalhadas e verdadeiras sobre o atraso no início da vacinação”. A carta aberta pode ser encontrada no site “Qual Máscara?”.

Na quinta-feira (18/4), o Ministério da Saúde previu que as doses atualizadas para a variante chegariam na próxima semana. De acordo com o coletivo, essa vacina “já está disponível para o público do Hemisfério Norte desde setembro de 2023, com dose de reforço já liberada para a vacinação de idosos nos Estados Unidos desde fevereiro de 2024”.

Além disso, o grupo destacou a falta de “coleta de dados sobre pessoas sofrendo com sequelas pós-Covid” e criticou a ‘narrativa’ coletivamente disseminada de que o vírus não é mais uma preocupação para a saúde pública, destacando a falta de dados que permitam avaliar a real circulação do vírus e seu verdadeiro impacto na sociedade.

Segundo informações do Metrópoles, o Ministério da Saúde foi questionado sobre o início da campanha, mas não respondeu até a publicação desta reportagem.

A ministra Nísia tem sido alvo de críticas pela demora nas campanhas de vacinação, tanto para o coronavírus quanto para a dengue. Após uma reportagem do jornal O Globo sobre um estoque de vacinas para a dengue que expirariam no final deste mês, o ministério se mobilizou para expandir a vacinação em determinados municípios.

Nísia atribuiu a baixa taxa de imunização ao “negacionismo” e afirmou em uma audiência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, na terça-feira (16/4), que “se isso não tivesse acontecido, certamente as famílias estariam levando suas crianças e jovens para serem vacinados”.

Por outro lado, Lula parece satisfeito com o trabalho da ministra e, em um evento no início de abril, elogiou-a. “Pode até haver quem não goste de você, mas duvido que exista alguém que não acredite em cada palavra que você diz. Não apenas por ser mulher, mas pela sua maneira delicada de falar, sem explosões, você consegue falar com a alma e a consciência das pessoas”, disse.

Receba Informações na Palma da Sua Mão