Em 2023, Elliot foi diagnosticado com um tumor de cólon altamente agressivo. Mesmo sem apresentar sintomas do câncer de intestino, a condição foi descoberta durante um exame de rotina, resultando na remoção emergencial de 30 centímetros de seu intestino grosso.
Após a quimioterapia eliminar todos os indícios da doença, Elliot se ofereceu para participar do ensaio clínico da vacina. Segundo informações da Revista Oeste, ele expressou: “Ser o primeiro indivíduo no mundo a ter a oportunidade de receber esta vacina foi um marco em minha vida. Dediquei minha existência a auxiliar as pessoas e à ciência, e espero que este trabalho possa evitar que outros passem pelo que eu passei”.
O NHS, sistema de saúde pública da Inglaterra, espera que mais de mil indivíduos sejam indicados por seus médicos para participar dos testes da vacina. Similar à vacina recentemente testada contra o câncer de pele, a vacina contra tumores intestinais utiliza a tecnologia de mRNA, a mesma empregada nas vacinas da Pfizer contra a Covid-19.
A produção da vacina é personalizada: cada dose é criada com as mesmas informações genéticas do tumor do paciente, obtidas através de uma biópsia. Por isso, a vacina só pode ser utilizada em indivíduos que já tiveram a doença, com o objetivo de prevenir a recorrência.
As células que compõem a vacina não são células cancerígenas, mas são similares a elas, permitindo que o corpo reconheça e combata o câncer caso ele reapareça.
As vacinas experimentais contra o câncer são uma colaboração entre as biofarmacêuticas BioNTech (que desenvolveu a tecnologia em parceria com a Pfizer) e Genentech, parte do Grupo Roche. Elas ainda estão em fase de testes e devem ser aplicadas em 10 mil pacientes até 2030.
“Ainda é muito cedo para afirmar se estas vacinas serão bem-sucedidas, mas estamos extremamente otimistas. Os dados que temos até agora indicam um aumento significativo na capacidade de defesa do organismo”, declarou a oncologista Victoria Kunene, pesquisadora principal do estudo.
As vacinas em teste têm como objetivo auxiliar pacientes com diferentes tipos de tumores. Caso sejam desenvolvidas e aprovadas com sucesso, poderão se tornar parte do tratamento padrão contra o câncer.