O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou sua posição em relação à greve nas universidades e institutos federais. Em entrevista nesta quinta-feira (20/6), ele expressou a expectativa de que haja compreensão. Enquanto os professores estão em greve há dois meses, os servidores técnicos das instituições já estão parados há três meses.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu o tom sobre a greve nas universidades e institutos federais e esperar “compreensão”
O líder do Planalto disse que os servidores das universidades e institutos não podem esquecer o que já foi oferecido e defendeu a… pic.twitter.com/wKUUTJYK44
— Metrópoles (@Metropoles) June 20, 2024
Lula, que tem origem em movimentos grevistas, fez um apelo: ‘Todo e qualquer movimento de trabalhadores têm o direito de fazer greve, de reivindicar. O que as pessoas não podem esquecer é o que já foi feito, é o que já foi oferecido. Veja, nós oferecemos em média entre 28% e 43% de reposição das pessoas, afirmou o presidente em entrevista à Rádio Verdinha, de Fortaleza (CE).
Ele também mencionou o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo público em 2023, no primeiro ano de seu governo. Lula expressou tristeza pelo fato de que ninguém agradeceu pelos 9% e destacou que a greve atual, que reivindica 4,5%, não leva em consideração o que pode ser oferecido nos anos seguintes.
Além disso, Lula pediu compreensão aos servidores da educação, lembrando que seu governo tem apenas um ano e seis meses. Ele relatou uma reunião com reitores no Palácio do Planalto, realizada em 10 de junho, na qual anunciou a destinação de R$ 5,5 bilhões em investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para centros e hospitais universitários.
O presidente também elogiou o trabalho do ministro da Educação, Camilo Santana, ex-governador do Ceará, escolhido por seus bons resultados na área educacional.
“[Escolha para o ministério] Não foi pelos belos olhos do Camilo, não foi pelos 80% de aprovação que ele tinha”, elogiou, dizendo que ele era “unanimidade” no estado. “Mas eu chamei ele porque todos os indicadores, seja de iniciativa privada, seja de IBGE, provava que o Ceará tinha conseguido fazer melhor educação no ensino fundamental. Então, o Camilo foi para ser meu ministro por isso”.