Derretimento de geleiras expôs corpo e ajudou autoridades a encontrarem alpinista
Escrito por Diário do Nordeste/AFP
O americano William Stampfl, de origem eslovena, foi reportado como desaparecido em junho de 2002 quando uma avalanche de neve o sepultou no Huascarán, monte de 6.757 metros, na região de Áncash, cerca de 400 km ao norte de Lima.
“Após uma intensa busca, localizaram o corpo mumificado e desidratado no Huascarán”, a montanha mais alta do Peru, indicou a polícia nas redes sociais.
A descoberta foi possível devido ao derretimento das geleiras dos nevados, consequência das mudanças climáticas, fenômeno que afeta a Cordilheira Branca dos Andes peruanos. Assim, o corpo ficou exposto. Stampfl estava vestido com roupas de escalada, arnês e botas, todos bem conservados.
Identificação feita por documentos
Os socorristas identificaram o americano graças ao passaporte estadunidense encontrado entre as roupas. Stampfl tinha 59 anos na época do acidente.
O frio extremo do Huascarán, que podem chegar a 19 °C negativos durante a noite, teria permitido a conservação do corpo desde 2002.
Segundo o relatório da polícia, os socorristas “encontraram o corpo a uma altitude de 5.200 metros, próximo ao acampamento base um do Huascarán”, área caracterizada por fendas e considerada perigosa.
O corpo foi levado para o necrotério da cidade de Yungay.
Em junho, também foi encontrado o corpo de um escalador italiano que sofreu um acidente ao tentar uma escalada no nevado Cashan, que tem 5.716 metros de altura.
A Cordilheira Branca, conhecida pela cadeia montanhosa do nordeste do Peru, que abriga montanhas como o Huascarán e o Cashan, é uma área turística frequentada por alpinistas de todo o mundo.