Operação prende ‘Patroa’ do PCC

foto: reprodução PF

Nesta terça-feira, a Operação Baal resultou na prisão de Elaine Souza Garcia, conhecida como Patroa, e Delvane Pereira Lacerda, o Pantera. Ambos são lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e estavam envolvidos em ações criminosas conhecidas como “novo cangaço”. Este tipo de crime envolve assaltos a bancos e empresas de valores, onde os assaltantes tomam controle das cidades.

Durante as investigações, os policiais descobriram que os principais fornecededores de armas, munições e explosivos para a organização criminosa eram Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). As atividades criminosas dos suspeitos foram monitoradas e evidências contundentes foram coletadas.

O Papel de Delvane Pereira Lacerda na Organização

Quem são os CACs e como eles contribuem para o PCC?

Os Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) forneciam armamentos e munições à facção criminosa. Entre eles, Otavio Alex Sandro Teodoro de Magalhães, conhecido como Terrorista, foi identificado como um dos principais fornecedores. Em sua residência, foi apreendido um arsenal que incluía armas de fogo com e sem registro, explosivos de fabricação caseira, e acessórios de armas de fogo.

Outro CAC envolvido é Vanderson Quintino de Sena, encontrado com munições de arma de fogo escondidas em um micro-ondas. As investigações mostraram que ele e Fleques Pereira Lacerda negociavam armamentos via WhatsApp.

Como a “Patroa do PCC” Estava Envolvida nas Operações?

Elaine Souza Garcia, a Patroa, integra o PCC desde 2021 e atualmente é ré por associação criminosa. Ela é responsável por negociar drogas e armas e por receber relatórios de assassinatos de rivais. Em setembro de 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou sua liberdade, destacando sua alta periculosidade.

A Patroa teria movimentado cerca de R$ 3.374.909 em seis meses, utilizando empresas de fachada para lavar dinheiro. Sua importância dentro da organização era evidenciada pela quantidade de crimes graves nos quais esteve envolvida, incluindo roubos e execuções de rivais.

O Desenvolvimento da Operação Baal

A Operação Baal, em sua segunda fase, foi realizada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. Os mandados foram cumpridos na capital paulista e em Buri, no interior do estado.

Um dos mandados de prisão foi contra um integrante da facção criminosa que estava foragido desde 2005 e foi preso em 2024. Após a primeira fase da operação, em maio, dezoito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público e se tornaram réus.

A investigação começou após uma tentativa de roubo a uma base de valores em abril de 2023, em Confresa (MT). Durante o confronto com as forças de segurança, vários criminosos foram presos ou mortos, o que levou a descobertas substanciais sobre a organização criminosa.

O Impacto e as Consequências

Se condenados, os réus deverão pagar R$ 5 milhões cada um por danos morais à coletividade. A operação desmantelou uma rede criminosa que estava fortemente armada e envolvida em atividades ultraviolentas, ameaçando a segurança pública.

Com essa ação policial, esperam-se resultados significativos na redução das atividades criminosas do PCC e na desarticulação das redes de fornecimento de armamentos e explosivos para a facção.

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