Fim dos implantes? Cientistas desenvolvem primeiro remédio que faz crescer dentes novos

Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Os cientistas no Japão estão prestes a iniciar os primeiros ensaios clínicos de um “remédio para regeneração dentária”, segundo a revista científica The Mainichi. Este desenvolvimento acontece no Hospital Universitário de Kyoto e é liderado pela startup Toregem Biopharm.

Os testes têm como foco pacientes com uma condição rara chamada anodontia congênita, em que alguns ou todos os dentes não se desenvolvem desde o nascimento. Esses indivíduos, que até agora dependiam de implantes ou dentaduras, podem ter uma nova esperança de tratamento.

O tratamento inovador utiliza anticorpos que desativam uma proteína específica chamada USAG-1. Segundo os pesquisadores, essa proteína impede que os “brotos dentários” – normalmente presentes em todos – se desenvolvam em dentes de leite ou permanentes. Ao desativá-la, os cientistas esperam permitir que esses brotos se transformem em dentes funcionais.

Quem são os beneficiários potenciais?

A equipe da Toregem Biopharm espera tratar não apenas os indivíduos com anodontia congênita, mas também aqueles que perderam dentes por outras razões. Isso poderia significar uma revolução no campo odontológico, oferecendo uma terceira opção além dos implantes e dentaduras, como explicou Katsu Takahashi, cofundador da startup.

Quais são as fases dos ensaios clínicos?

Os ensaios clínicos incluem duas fases principais:

  1. Fase 1: Prevista para setembro, esta fase envolverá 30 homens adultos, saudáveis, com falta de pelo menos um dente posterior. O objetivo é avaliar a segurança do tratamento.
  2. Fase 2: Agendada para o próximo ano, esta fase incluirá crianças de dois a sete anos com anodontia congênita que perderam pelo menos quatro dentes desde o nascimento.

Resultados promissores em estudos anteriores

A equipe já testou o tratamento em furões, que têm dentes semelhantes aos humanos, e conseguiu fazer com que novos dentes crescessem com sucesso, sem observar efeitos colaterais. Esses resultados de 2018 alimentam a esperança de que o tratamento possa ser eficaz e seguro para humanos também.

O avanço na pesquisa de regeneração dentária representa um marco significativo no campo da odontologia. Se os ensaios clínicos forem bem-sucedidos, poderemos estar à beira de uma nova era em tratamentos dentários, oferecendo soluções inovadoras e mais naturais para os problemas de perda de dentes. Aguardamos com expectativa os resultados desses ensaios revolucionários.

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