Causa da morte de comandante de batalhão do Exército intriga militares

Acidente: militares levantam suspeita após comandante de batalhão do Exército, com 30 anos de experiência, morrer em salto de paraquedas
Comandante do Exército era especialista no manuseio de paraquedas

Militares do Exército estão intrigados com as circunstâncias da morte do comandante Daniel Moura, que chefiava o prestigiado Batalhão de Apoio às Operações Especiais, em Goiânia. O coronel de 47 anos estava há 30 nas Forças Armadas e era considerado um especialista no manuseio de paraquedas. Ele morreu na terça-feira (8/10) após um salto enquanto servia.
A suspeita de pessoas próximas a Daniel Moura é que o problema envolvendo tanto o paraquedas principal quanto o reserva tenha sido causado por falha humana. E que o erro não foi do comandante.
Esses militares levantam a hipótese de que teria havido negligência por parte do integrante da equipe que cuida da preparação do material. Esse preparo é feito pelo próprio Exército, que conta com o Pelotão de Dobragem de Paraquedas Especiais, cujo lema é: “Errar nunca!”. Ao todo, o processo de dobragem é feito em seis etapas.
À coluna, o Comando Militar do Planalto (CMP) informou que o modelo do paraquedas usado foi o Legend M. “Este tipo possui o mesmo funcionamento dos demais paraquedas desportivos e táticos”, afirmou o Exército. Segundo o CMP, “as condições meteorológicas eram favoráveis à realização do adestramento” e “nenhum militar, além do coronel Moura, enfrentou problemas durante a atividade”.
Paraquedas do Exército teria apresentado problemas
Comandante de batalhão de elite do Exército morreu após salto de paraquedas
Comandante estava na aeronave C-105 Amazonas
Comandante Daniel Moura assumiu o Batalhão de Apoio às Operações Especiais em 2022
Apresentação do paraquedas modelo "Legend M" ao Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo Ar. É o paraquedas usado pelo coronel do Exército Daniel Moura, que morreu após acidente.

O comandante estava a bordo de uma aeronave modelo C-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira (FAB), quando saltou na região metropolitana de Goiânia. O avião é utilizado para realizar missões de transporte tático e logístico, lançamento de paraquedistas, cargas e evacuação médica.

O Comando Militar do Planalto não respondeu se houve perícia no local imediatamente após o acidente e qual era o tipo de operação em andamento. “Essas informações estão sob investigação”, pontuou.

Moura chefiava batalhão do Exército desde 2022

Um militar relatou à coluna como teria ocorrido o acidente fatal envolvendo o comandante Daniel Moura: “Deu alguma pane no paraquedas principal. Então, ele acionou o reserva. No entanto, o paraquedas principal, que não estava completamente aberto, não foi ejetado por ele ou devido a uma falha no material. Os dois paraquedas acabaram se enroscando, e o comandante desceu direto, sem sustentação”.

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