O amor é lindo e a política, uma beleza
Honório foi eleito vice-prefeito em 2016, na chapa de Oswaldo Rabêlo. Em 2017, Rabêlo afastou-se do cargo para tratamento de saúde, nunca mais voltou e Honório assumiu. Nas eleições de 2020, Honório foi candidato a prefeito e se reelegeu.
Honório não poderia ter sido candidato este ano. A juíza eleitoral de Goiana negou-lhe o registro, como mais tarde também o fez por unanimidade o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco. Mas Honório recorreu da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral.
“O que vale é a palavra de Brasília”, repetiu Honório ao longo da campanha. Ele tinha um plano: eleger sua amante, Paula Brito, vereadora, em seguida presidente da Câmara, para que ela possa se candidatar a prefeita na eleição suplementar. O plano vai bem.
Casado há décadas com dona Maria das Neves, a Nevinha, professora aposentada, mais velha do que ele e mãe de seus três filhos (dois deles homens), Honório sempre teve duas mulheres. A anterior, Amélia Corrêa, também é professora aposentada.
Dona Nevinha nunca fez política. Paula sempre fez. Honório lançou Paula à vereadora pelo PP e ela se elegeu com 2.177 votos, o terceiro mais votado. O primeiro foi André do Forró dos Errados com 2.532 votos. Quem apoiou o músico? Dona Nevinha.
Quem agora “está botando pra torar” é Honório, empenhado em ser sucedido por Paula para continuar mandando em Goiana, um município com 85 mil habitantes e cuja receita anual é de 1,5 bilhão de reais, graças a uma montadora de veículos ali instalada.