Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
Em 2025, o Partido dos Trabalhadores (PT) realizará um processo de eleição direta, um método único entre os partidos políticos do Brasil, para eleger o novo presidente da legenda. Essa eleição está marcada para o dia 6 de julho, como decidido pelo Diretório Nacional do partido em uma resolução aprovada em dezembro de 2024. Esse evento é significativo não apenas para o PT, mas também para o cenário político brasileiro devido ao número expressivo de eleitores envolvidos, mais de 1,6 milhão de filiados à sigla.
Além da escolha do novo presidente, haverá também eleições para renovar as direções nos níveis municipais e estaduais. O diretório aprovou ainda que novas filiações até 28 de fevereiro de 2025 serão elegíveis para votar, em contraste com a regra anterior que exigia a filiação com pelo menos um ano de antecedência. Essa flexibilização no tempo de filiação deve aumentar ainda mais a participação de eleitores.
Quais são as regras para a presidência do PT?
Edinho Silva: O favorito à sucessão
Edinho Silva, prefeito de Araraquara (SP), desponta como o favorito para suceder Gleisi Hoffmann. Antigo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência no governo Dilma Rousseff, Edinho possui uma base política sólida e um bom relacionamento com o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de um revés nas eleições municipais de 2024, onde sua candidata à sucessão não foi eleita, ele ainda é visto como um nome forte dentro do partido.
Influências externas e alianças políticas
Outro potencial candidato à presidência do PT é José Guimarães, líder do partido na Câmara dos Deputados. A derrota de Edinho no âmbito municipal gerou uma discussão interna, com algumas alas do partido buscando explorar outras alternativas, fortalecendo a ideia de diversificar a liderança regional, com um foco particular no Nordeste. No entanto, essas propostas tinham perdido força no final de 2024, indicando que a aliança com o Executivo pode pesar mais no futuro próximo.