Decreto do Governo Lula traz novas regras que limitam o uso da força pela polícia

Créditos: depositphotos.com / joasouza

A determinação estabelece critérios específicos, como a vedação do uso de armas de fogo, salvo em situações onde soluções de menor intensidade sejam ineficazes. A intenção é minimizar o risco de ferimentos ou mortes injustificadas durante ações policiais.

Como são as principais diretrizes do novo decreto?

Lula / Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

Entre os elementos essenciais do novo decreto está a proibição de disparar contra pessoas desarmadas em fuga que não representem uma ameaça imediata de morte ou lesão. Este ponto é crucial para evitar a escalada de violência desnecessária em operações pontuais.

Além disso, está proibido atirar em veículos que ultrapassam bloqueios policiais, a menos que haja um risco claro de morte ou ferimento. Todas essas ações deverão ser acompanhadas de relatórios detalhados que esclareçam as circunstâncias do uso da força.

Como será feita a fiscalização do uso da força?

O decreto propõe a criação de um Comitê Nacional de Monitoramento do Uso da Força, cujo papel será supervisionar e garantir a conformidade das ações policiais com as novas regulamentações. Este comitê terá a autoridade para avaliar casos em que o uso da força resultou em ferimentos ou mortes, promovendo uma revisão cuidadosa e transparente das medidas tomadas.

Os policiais também serão obrigados a participar de treinamentos anuais, focando no manejo eficiente de armas de fogo e em instrumentos de menor potencial ofensivo. O objetivo é assegurar que os agentes tenham o conhecimento necessário para tomar decisões adequadas em situações de risco.

Quais são os próximos passos para a implementação das diretrizes?

No decorrer dos próximos 90 dias, o Ministério da Justiça editará uma portaria que detalhará os procedimentos a serem seguidos, garantindo clareza nas ações a serem adotadas pelos órgãos de segurança. Embora a adesão por parte dos estados não seja obrigatória, o governo federal promoverá incentivos através do condicionamento de repasses de fundos de segurança pública ao cumprimento das normas estabelecidas.

Com a implementação dessas regras, busca-se um alinhamento das operações policiais com padrões que respeitam os direitos humanos e mantêm a ordem pública de maneira responsável. Entretanto, a medida pode esbarrar na subjetividade de cada caso específico, dificultando ainda mais a prática dos agentes de segurança.

Receba Informações na Palma da Sua Mão