A filha de Daniela Almeida Vera, de 81 anos, Rosely Almeida, informou que a família autorizou o Hospital Regional de Ponta Porã (HR) a realizar uma análise sobre o bebê que permaneceu calcificado no abdômen da idosa por mais de 50 anos. De acordo com Rosely Almeida, um médico da unidade manifestou interesse em iniciar a pesquisa, mas até o momento não foram fornecidos mais detalhes sobre os próximos passos.
Daniela sofria de uma condição extremamente rara conhecida como litopedia. Ela era indígena e residia em um assentamento localizado no município de Aral Moreira (MS), na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Após passar por uma cirurgia para a remoção do feto, Daniela veio a falecer no dia seguinte devido a complicações decorrentes de uma grave infecção generalizada, originada pela infecção urinária.
Veja o feto abaixo (IMAGENS FORTES):
Quanto tempo a idosa ficou com o bebê na barriga?
A equipe médica suspeita que a mulher estivesse com o “bebê de pedra” no abdômen há 56 anos, desde quando teve a última gestação.
“Na declaração do meu pai, que ele falou com a gente hoje cedo, ele disse que ela já tinha isso há muitos anos. Quando ela teve o primeiro filho, com outro homem, ela já reclamava dessa dor, isso desde novinha. Ela falou pra que parecia um bebê que se movia dentro da barriga dela e às vezes ela sentia enjoo, mas a gente nunca desconfiava que era isso. Foi desde a primeira gravidez, não sei que idade ela tinha”, disse Rosely.
“Provavelmente não menstruou mais, entrou na menopausa e esse feto ficou lá e se solidificou. É impossível ela estar com esse feto desse tamanho e engravidar e nascer outro filho, e não nascer esse feto mumificado”, afirmou.
“A gente tá em choque, é muita tristeza. Ela era nossa mãe, a única que protegia a gente e agora ela se foi, ficamos meio perdidas”, lamentou.
As informações são do G1