Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná
Desde 2020, um dos temas mais controversos na dicotomia política e sanitária da pandemia de COVID-19 tem sido o uso de máscaras. Por um lado, houve defensores fervorosos da eficácia inquestionável do uso desses dispositivos, que se tornaram uma característica marcante e até motivo de coerção e represália para quem não os seguia rigidamente, embasados na nova ciência emergente.
Por outro lado, houve aqueles que lutaram para trazer coerência e debate dentro das recomendações dos governantes, questionando a eficácia das máscaras conforme impostas pela ciência moderna. Observou-se, com frequência, pessoas que defendiam apaixonadamente a eficácia das máscaras, mas acabavam contraindo o vírus mesmo usando-as de forma dogmática.
Além disso, era comum ver políticos e autoridades utilizando máscaras em eventos oficiais, apenas para retirá-las logo em seguida fora do escopo das câmeras, o que gerou críticas e acusações de hipocrisia.
O debate central girava em torno da capacidade das máscaras, de todos os tipos, incluindo as não profissionais, de proteger as pessoas da contração do vírus. Conforme os meses e anos de pandemia avançaram, o debate se intensificou, com destaque para a descoberta de e-mails “vazados” do Dr. Anthony Fauci, que questionavam a eficácia das máscaras.
No entanto, apesar dessa atualização, a OMS demorou quase um ano para reconhecer a importância dos aerossóis na disseminação da doença, o que não recebeu grande atenção da mídia ou autoridades. Essa falta de divulgação levanta questões sobre o acesso à informação e a comunicação eficaz durante a pandemia.
No entanto, apesar dessas mudanças na compreensão da transmissão do vírus, muitas autoridades e mídias tradicionais ainda não reconheceram publicamente os erros cometidos no passado em relação às medidas de saúde pública. Isso destaca a persistência de agendas políticas e interesses divergentes durante a pandemia, em detrimento da saúde e bem-estar da população.