Em chamas: fumaça da Amazônia e Pantanal já chega ao Sul do país

Créditos: depositphotos.com / pedarilhos

Por Terra Bra

As queimadas são, sem dúvida, um dos maiores problemas enfrentados pelos biomas brasileiros este ano. No Pantanal, a situação teve uma breve melhora em julho, mas piorou consideravelmente em agosto. Incêndios voltaram a atingir áreas que estavam intactas, como o Refúgio Caiman, com 53 mil hectares e uma vasta diversidade de fauna, incluindo a icônica onça-pintada. Este mês, três onças-pintadas foram encontrados carbonizadas, um indicativo do grave problema.

Na Amazônia, os primeiros dez dias de agosto viram um aumento de 180% nos focos de incêndio em comparação ao período anterior. Segundo a plataforma BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), quase 3 mil focos foram identificados nesse curto período. A neblina de fumaça, visível por imagens de satélite, já se espalhou pelo país, criando um “corredor de fumaça” que vai de Manaus a Porto Alegre, afetando dez estados.

Qual é a Situação Atual das Queimadas no Pantanal?

O Pantanal está enfrentando um aumento significativo de focos de incêndio. A fauna e a flora locais estão sendo devastadas, e a biodiversidade, que é o orgulho do bioma, está sendo ameaçada. O Refúgio Caiman, um santuário para diversas espécies, é uma das áreas mais afetadas. Além das onças-pintadas encontradas carbonizadas, outros animais também estão sofrendo. A cada dia, queimações acabam com hectares de vegetação, crucial para o equilíbrio do ecossistema.

Além das consequências diretas das queimadas, a qualidade do ar também está em queda. Em São Paulo, a umidade relativa do ar chegou a apenas 12%, o dia mais seco desde 2021. A Defesa Civil da capital já declarou estado de alerta. A fumaça das queimadas chegou à cidade, criando um cenário de neblina densa que deixou o entardecer mais avermelhado do que o usual.

No Sudeste e Sul do país, a situação não é diferente. A baixa umidade do inverno contribui para a piora da qualidade do ar, já comprometida pelo clima seco. O Climatempo e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que a umidade abaixo de 20% propicia a propagação rápida dos incêndios, em contraste com a umidade normal de 60%.

A chegada de uma onda de calor no Brasil aumenta ainda mais as chances de novos incêndios. O Climatempo alerta para a possibilidade de recordes de temperatura, o que pode agravar ainda mais a situação. A umidade do ar tende a permanecer baixa, criando condições ideais para a propagação das queimadas.

Os desafios são grandes, mas tomar medidas preventivas e de conscientização pode ajudar a amenizar os impactos das queimadas nos biomas brasileiros.

 

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