O Ministério Público de Santa Catarina informou que a bebê de oito meses, cujo velório foi interrompido após familiares notarem movimento, em Correia Pinto (SC), já não apresentava sinais vitais. A primeira perícia confirmou que a morte ocorreu às 3h da manhã de sábado (19), conforme registrado no atestado de óbito emitido pelo hospital.
A ocorrência, que capturou a atenção pública, envolveu uma criança cujo velório foi interrompido devido à percepção de movimentos corporais. Ações de familiares e profissionais presentes levaram à suspeita de que, apesar de declarada morta, a criança apresentava sinais vitais como batimentos cardíacos e oxigenação. Isso motivou investigações mais aprofundadas para esclarecer a situação.
O Papel da Perícia Médica em Situações de Ambiguidade
O Ministério Público, responsável pela investigação, destacou que a documentação médica pode confundir quando interpretada apenas superficialmente. Conduzindo um exame anatopatológico completo, os peritos buscam especificar as condições que possivelmente levaram à confusão, como a manutenção de calor corporal por razões naturais após a morte.
Por Que Alguém Já Sem Vida Pode Demonstrar Sinais Vitais?
- Persistência do calor corporal devido ao ambiente ou ao atraso no resfriamento do corpo.
- Movimentos involuntários que podem ocorrer devido a reações químicas residuais nos músculos.
- Erros de leitura do oxímetro, dispositivo que não distingue adequadamente entre pulsos fracos e artefatos.
Esses fatores ilustram por que profissionais treinados realizam uma série de verificações antes de chegar a um veredito final sobre a morte de uma pessoa.
Como Investigadores Abordam Casos Envolvendo Morte e Sinais Vitais
- Requisição de relatórios médicos detalhados para reavaliar os procedimentos iniciais de constatação de morte.
- Entrevistas estratégicas com testemunhas, incluindo pessoal médico e atendentes de emergências.
- Realização de exames cadavéricos para assegurar um entendimento compreensivo da condição post-mortem.
Essas etapas são projetadas para garantir que não haja falhas procedimentais, principalmente em casos de aparente ambiguidade médica.